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A madeira está reconquistando seu espaço na construção civil brasileira. Sustentável, renovável e com excelente desempenho estrutural, esse material milenar ganha nova vida com tecnologias como o CLT (Cross Laminated Timber), Glulam (Madeira Laminada Colada) e sistemas Wood Frame. No entanto, uma dúvida sempre pairou sobre os projetos em madeira: como garantir a segurança contra incêndio?

A recente publicação da Instrução Técnica nº 08/2025 – Parte 2 pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo vem preencher essa lacuna normativa, estabelecendo parâmetros claros para edificações que utilizam madeira em suas estruturas. Neste artigo, vamos explorar o que essa norma significa para projetistas, construtores e para o futuro das construções em madeira no Brasil.

A Nova IT 08/2025 – Parte 2: O que Mudou?

A IT 08/2025 – Parte 2 trata especificamente de “Segurança estrutural contra incêndio – Sistemas construtivos em madeira”, complementando a tradicional IT 08/2011 que aborda a resistência ao fogo dos elementos de construção de forma geral.

Esta nova instrução técnica foi baseada no International Building Code (IBC) 2021 e harmonizada com o Regulamento de Segurança Contra Incêndio em edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo, trazendo parâmetros específicos para configurações construtivas que utilizam wood frame ou madeira massiva.

Vale lembrar que a IT 08/2011 já trazia um requisito específico para estruturas de madeira em seu item 5.20: “As edificações com área superior a 750 m², com elementos de construção em madeira, independentemente da resistência da estrutura e das possíveis isenções ou reduções de TRRF, devem possuir tratamento retardante ao fogo.” Este requisito continua válido e deve ser considerado em conjunto com as novas exigências da IT 08/2025.

Integração com a NBR 7190: Dimensionamento Estrutural em Situação de Incêndio

Um ponto fundamental da nova IT é sua integração com a NBR 7190 (Projeto de estruturas de madeira). O item 4.1.1 da IT 08/2025 – Parte 2 estabelece claramente que “o dimensionamento das estruturas de madeira em situação de incêndio deve seguir a metodologia recomendada pela norma brasileira ABNT NBR 7190 – Projetos de estruturas de madeira”.

Esta integração é crucial, pois a NBR 7190 fornece os parâmetros para o cálculo estrutural da madeira, considerando suas propriedades mecânicas, enquanto a IT 08/2025 estabelece os requisitos específicos de proteção contra incêndio. Juntas, essas normas formam a base técnica para projetos seguros e eficientes em madeira.

A NBR 7190 traz os fundamentos para o dimensionamento das estruturas de madeira, incluindo:

  • Propriedades físicas e mecânicas das madeiras brasileiras
  • Métodos de cálculo e verificação estrutural
  • Critérios de dimensionamento e detalhamento

Quando combinada com a IT 08/2025, o projetista tem todas as ferramentas necessárias para garantir não apenas a resistência estrutural, mas também a segurança contra incêndio.

Exemplo Prático: Dimensionamento de Pilar e Viga para 60 minutos de Exposição ao Fogo

Para ilustrar a aplicação prática da NBR 7190/22 em conjunto com as exigências de resistência ao fogo, vamos apresentar um exemplo de dimensionamento de um pilar e uma viga para 60 minutos de exposição ao fogo (TRRF = 60 min).

Exemplo 1: Dimensionamento de Pilar

Consideremos um pilar de madeira laminada colada (MLC) de Pinus (Pinus taeda) com as seguintes características:

  • Classe de resistência: C25 (conífera)
  • Resistência característica à compressão paralela às fibras (fc0,k): 25 MPa
  • Densidade aparente: 500 kg/m³
  • Carga axial de projeto em situação normal: Nd = 120 kN
  • Altura efetiva: L0 = 3,0 m
  • TRRF exigido: 60 minutos
  • Exposição ao fogo: nas quatro faces

Passo 1: Determinação da taxa de carbonização

Conforme a NBR 7190/22, para madeiras com densidade ≥ 450 kg/m³, a taxa de carbonização β0 é dada por: β0 = 0,65 mm/min (para madeiras com densidade ≥ 450 kg/m³)

Para madeira laminada colada de Pinus, podemos adotar este valor, embora algumas referências internacionais sugiram valores ligeiramente maiores para coníferas.

Passo 2: Cálculo da espessura da camada carbonizada

Para 60 minutos de exposição: dchar,n = β0 × t + k0 × d0 Onde:

  • dchar,n é a profundidade de carbonização nominal
  • t é o tempo de exposição ao fogo em minutos (60 min)
  • k0 é um fator que considera o aumento da carbonização nas quinas (k0 = 1,0 para t ≥ 20 min)
  • d0 é uma camada adicional de 7 mm que considera a zona de pirólise

dchar,n = 0,65 × 60 + 1,0 × 7 = 39 + 7 = 46 mm

Passo 3: Dimensionamento da seção transversal inicial

Considerando uma seção quadrada inicial de lado b:

  • Seção residual após 60 minutos: (b – 2 × dchar,n) × (b – 2 × dchar,n)
  • Para garantir capacidade portante, a seção residual deve suportar a carga de projeto

Assumindo um pilar de seção 22 × 22 cm:

  • Seção residual: (220 – 2 × 46) × (220 – 2 × 46) = 128 × 128 mm²
  • Área residual: 16.384 mm²

Passo 4: Verificação da capacidade resistente

Em situação de incêndio, os coeficientes de modificação e ponderação são ajustados:

  • kmod,fi = 1,0 (coeficiente de modificação em situação de incêndio)
  • γw,fi = 1,0 (coeficiente de ponderação da resistência em situação de incêndio)

Resistência de cálculo em situação de incêndio: fc0,d,fi = kmod,fi × fc0,k / γw,fi = 1,0 × 25 / 1,0 = 25 MPa

Tensão atuante na seção residual: σc0,d,fi = Nd / Ares = 120.000 / 16.384 = 7,32 MPa

Como σc0,d,fi (7,32 MPa) < fc0,d,fi (25 MPa), a seção de 22 × 22 cm é suficiente para resistir a 60 minutos de exposição ao fogo.

Observação: Note que, comparado a madeiras de maior densidade e resistência, o Pinus requer uma seção inicial maior (22 × 22 cm em vez de 20 × 20 cm) para suportar a mesma carga sob exposição ao fogo, devido à sua menor resistência característica.

Exemplo 2: Dimensionamento de Viga

Consideremos uma viga de madeira laminada colada (MLC) de Eucalipto (Eucalyptus grandis) com as seguintes características:

  • Classe de resistência: D30 (dicotiledônea de média densidade)
  • Resistência característica à flexão (fm,k): 30 MPa
  • Densidade aparente: 650 kg/m³
  • Momento fletor de projeto em situação normal: Md = 40 kN.m
  • Vão livre: L = 6,0 m
  • TRRF exigido: 60 minutos
  • Exposição ao fogo: em três faces (inferior e laterais)

Passo 1: Determinação da taxa de carbonização

Para madeira laminada colada com densidade ≥ 450 kg/m³: β0 = 0,65 mm/min

Passo 2: Cálculo da espessura da camada carbonizada

Para 60 minutos de exposição: dchar,n = β0 × t + k0 × d0 = 0,65 × 60 + 1,0 × 7 = 46 mm

Passo 3: Dimensionamento da seção transversal inicial

Considerando uma seção retangular inicial de b × h = 16 × 40 cm:

  • Largura residual: bfi = b – 2 × dchar,n = 160 – 2 × 46 = 68 mm
  • Altura residual: hfi = h – dchar,n = 400 – 46 = 354 mm
  • Módulo de resistência residual: Wfi = bfi × hfi² / 6 = 68 × 354² / 6 = 1.422.948 mm³

Passo 4: Verificação da capacidade resistente

Resistência de cálculo em situação de incêndio: fm,d,fi = kmod,fi × fm,k / γw,fi = 1,0 × 30 / 1,0 = 30 MPa

Tensão atuante na seção residual: σm,d,fi = Md / Wfi = 40.000.000 / 1.422.948 = 28,11 MPa

Como σm,d,fi (28,11 MPa) < fm,d,fi (30 MPa), a seção de 16 × 40 cm é suficiente para resistir a 60 minutos de exposição ao fogo.

Estes exemplos demonstram como o dimensionamento de estruturas de madeira em situação de incêndio deve considerar a redução da seção devido à carbonização, seguindo os critérios da NBR 7190/22 e atendendo às exigências de TRRF estabelecidas pelas instruções técnicas do Corpo de Bombeiros.

Tipologias Construtivas: O Que o Projetista Deve Saber

A nova IT classifica as edificações em madeira em três tipos principais:

Tipo 1 – Estrutura de madeira massiva totalmente protegida

  • Todos os elementos estruturais de madeira devem ser protegidos com materiais de revestimento contra fogo
  • Inclui áreas de shafts, telhados e espaços ocultos
  • A composição construtiva deve resistir à totalidade do TRRF (Tempo Requerido de Resistência ao Fogo) indicado
  • A fachada deve ser totalmente revestida

Tipo 2 – Estrutura de madeira massiva sem proteção

  • Não há necessidade de revestir os elementos estruturais de madeira massiva
  • Exceção: áreas de shafts e espaços ocultos devem ser revestidos
  • A fachada, quando composta por elementos estruturais de madeira, deve ser revestida com materiais incombustíveis

Tipo 3 – Estruturas de wood frame

  • Todos os elementos estruturais de madeira devem ser protegidos com material de revestimento contra fogo
  • A composição construtiva deve resistir à totalidade do TRRF indicado
  • Inclui áreas de shafts e espaços ocultos

Coberturas de Madeira: Quando Considerar o TRRF?

Um ponto frequentemente questionado pelos projetistas refere-se às coberturas de madeira (telhados): elas precisam atender ao TRRF? A resposta depende de vários fatores, conforme estabelecido tanto na IT 08/2011 quanto na nova IT 08/2025.

Requisitos da IT 08/2011 para Coberturas

De acordo com o item 5.6 da IT 08/2011: “As estruturas das coberturas que não atendam aos requisitos de isenção do Anexo A desta IT, devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF das estruturas principais da edificação.”

O item A.2.3.6 do Anexo A da IT 08/2011 estabelece as condições de isenção para coberturas: “As coberturas das edificações que atendam aos requisitos abaixo: a. não tiverem função de piso; b. não forem usadas como rota de fuga; c. o seu colapso estrutural não comprometa a estabilidade das paredes externas e da estrutura principal da edificação.”

Portanto, se a cobertura de madeira atender a essas três condições simultaneamente, ela está isenta de TRRF. Caso contrário, deve ter o mesmo TRRF da estrutura principal.

Requisitos da IT 08/2025 para Coberturas

A nova IT 08/2025 – Parte 2 traz requisitos específicos para coberturas em madeira, dependendo da tipologia construtiva:

  1. Para edificações Tipo 1 (madeira massiva totalmente protegida): Todos os elementos de madeira, incluindo telhados, devem ser protegidos com material de revestimento contra fogo.
  2. Para edificações Tipo 2 (madeira massiva sem proteção): Não há necessidade de revestir os elementos estruturais de madeira massiva, exceto nas áreas de shafts e espaços ocultos.
  3. Para edificações Tipo 3 (wood frame): Todos os elementos estruturais de madeira, incluindo os da cobertura, devem ser protegidos com material de revestimento contra fogo.

Considerações Adicionais para Coberturas

Independentemente das isenções de TRRF, é importante lembrar que, conforme o item 5.20 da IT 08/2011, edificações com área superior a 750 m² com elementos de construção em madeira (incluindo coberturas) devem possuir tratamento retardante ao fogo, mesmo que estejam isentas de TRRF.

Além disso, para coberturas que fazem parte de rotas de fuga ou que têm função de piso (como terraços acessíveis), o TRRF deve ser considerado sem exceções.

Na prática, o projetista deve avaliar cuidadosamente a função da cobertura e seu impacto na segurança global da edificação. Mesmo quando isenta de TRRF, é recomendável adotar medidas de proteção passiva, como tratamentos retardantes, para aumentar a segurança.

Altura e Área: Quais os Limites para Construções em Madeira?

Uma das grandes dúvidas dos projetistas sempre foi: até que altura posso construir com madeira? A nova IT responde a essa pergunta estabelecendo limites claros.

A altura máxima permitida para edificações em madeira varia conforme:

  • O tipo de construção (madeira massiva ou wood frame)
  • A exposição da madeira ao fogo
  • A instalação de sistemas de proteção (chuveiros automáticos e detecção de incêndio)
  • O grupo/divisão de uso da edificação

Embora a IT não especifique valores fixos neste texto, ela estabelece tabelas de referência que devem ser consultadas pelo projetista. De modo geral, edificações com madeira massiva protegida (Tipo 1) e com sistemas de proteção ativa (chuveiros e detecção) podem alcançar alturas maiores do que construções em wood frame ou sem proteção.

Da mesma forma, a área máxima permitida também varia conforme os mesmos critérios. Um ponto importante: independentemente da altura, grupo de ocupação e do emprego de sistemas de proteção, a compartimentação vertical em todos os pavimentos é sempre exigida.

Materiais de Revestimento Contra Fogo: Proteção Eficiente

A IT 08/2025 traz um conceito importante: os materiais de revestimento contra fogo, no contexto das construções de madeira, perdem sua função no instante em que se inicia o processo de carbonização dos elementos estruturais.

Por isso, esses materiais são divididos em dois grupos:

  1. Materiais que retardam o início da carbonização por um tempo maior ou igual ao TRRF exigido
  2. Materiais que retardam o início da carbonização por um tempo menor que o TRRF exigido

No segundo caso, as peças estruturais de madeira devem ser dimensionadas para resistir à diferença entre o TRRF e o tempo de retardo da carbonização. Aqui, a integração com a NBR 7190 é fundamental, pois ela fornece os parâmetros para esse dimensionamento considerando a redução da seção devido à carbonização.

Entre os materiais de revestimento aceitos estão:

  • Placas de gesso acartonado
  • Pinturas intumescentes (desde que comprovadas por ensaios)

Ligações Estruturais: O Ponto Crítico

Um aspecto frequentemente negligenciado, mas que a IT 08/2025 destaca com propriedade, são as ligações entre elementos estruturais. Em situação de incêndio, as ligações metálicas tendem a ser o ponto crítico para a manutenção da capacidade portante das estruturas de madeira.

A norma classifica as ligações em dois grupos:

  1. Ligações expostas, sem revestimento contra fogo
  2. Ligações protegidas, com revestimento contra fogo

As ligações revestidas devem ser dimensionadas para que o conjunto atenda ao TRRF exigido para a edificação. Para todas as situações, é necessário o correto detalhamento e execução das ligações, garantindo a capacidade resistente da conexão em situação de incêndio.

Este é um ponto onde a NBR 7190 e a IT 08/2025 se complementam perfeitamente: a primeira fornece os critérios para o dimensionamento estrutural das ligações, enquanto a segunda estabelece os requisitos de proteção contra incêndio.

Adesivos: Um Detalhe Importante

Para estruturas em madeira engenheirada, como o CLT e o Glulam, os adesivos são componentes fundamentais. A IT 08/2025 divide os adesivos estruturais em dois grupos:

  1. Adesivos que permanecem íntegros em situação de incêndio
  2. Adesivos que perdem a integridade em situação de incêndio

Para placas de madeira lamelada colada cruzada (MLCC/CLT) fabricadas com adesivos não resistentes ao fogo, deve ser considerada a possibilidade do desplacamento das lamelas de madeira durante o incêndio.

A utilização de adesivos não resistentes ao fogo é permitida em situações específicas, como:

  • Em edificações de até 6 metros de altura, desde que a lamela exposta ao fogo possua no mínimo 40 mm de espessura
  • Em edificações com altura entre 6 e 12 metros, com condições específicas e sistemas de proteção

Processo de Aprovação: O Que Esperar?

O processo de aprovação de projetos em madeira segue o fluxo normal de aprovação junto ao Corpo de Bombeiros, mas com algumas particularidades:

  1. O responsável técnico deve comprovar o atendimento às exigências da IT 08/2025 – Parte 2, além das demais instruções técnicas aplicáveis
  2. O dimensionamento estrutural deve seguir a NBR 7190, com emissão de ART/RRT específica
  3. Para materiais de revestimento contra fogo, devem ser apresentados ensaios ou certificações que comprovem sua eficácia
  4. As ligações estruturais e os adesivos utilizados devem ser detalhados e justificados tecnicamente

Edificações que não se enquadram nas prescrições da IT 08/2025 devem ser tratadas de maneira apartada e analisadas por Comissão Técnica, conforme o Regulamento de Segurança contra Incêndio.

O Que o Projetista Deve Considerar?

Se você está planejando um projeto em madeira, aqui estão os principais pontos a considerar:

  1. Defina a tipologia construtiva: Tipo 1 (madeira massiva protegida), Tipo 2 (madeira massiva sem proteção) ou Tipo 3 (wood frame)
  2. Verifique os limites de altura e área: Consulte as tabelas da IT 08/2025 para determinar os limites aplicáveis ao seu projeto
  3. Dimensione a estrutura conforme a NBR 7190: Considere a redução da seção devido à carbonização em situação de incêndio, conforme demonstrado nos exemplos de cálculo
  4. Avalie as coberturas cuidadosamente: Determine se a cobertura está isenta de TRRF ou se precisa atender aos mesmos requisitos da estrutura principal
  5. Especifique os materiais de revestimento contra fogo: Escolha materiais que atendam ao TRRF exigido e que possuam certificação
  6. Detalhe as ligações estruturais: Preste especial atenção às ligações metálicas, garantindo sua proteção adequada
  7. Verifique os adesivos utilizados: Para estruturas em CLT ou Glulam, certifique-se de que os adesivos são adequados para a altura da edificação
  8. Projete a compartimentação: Lembre-se que a compartimentação vertical é sempre exigida, independentemente de outros fatores
  9. Considere sistemas de proteção ativa: A instalação de chuveiros automáticos e detecção de incêndio pode permitir maior altura e área
  10. Prepare a documentação técnica: Organize ensaios, certificações e memórias de cálculo para o processo de aprovação

Conclusão

A publicação da IT 08/2025 – Parte 2 representa um avanço significativo para a construção em madeira no Brasil. Ao estabelecer parâmetros claros para a segurança contra incêndio, a norma remove uma das principais barreiras para a adoção mais ampla desse material sustentável e versátil.

A integração com a NBR 7190 cria um arcabouço técnico completo, permitindo que projetistas dimensionem estruturas de madeira com segurança e confiabilidade, tanto do ponto de vista estrutural quanto da resistência ao fogo.

Os exemplos de cálculo apresentados demonstram que, com o dimensionamento adequado, é possível atender aos requisitos de TRRF mesmo para elementos estruturais expostos ao fogo, aproveitando a característica previsível de carbonização da madeira.

Com o conhecimento adequado e a aplicação correta dessas normas, podemos esperar um futuro promissor para as construções em madeira no Brasil, combinando sustentabilidade, eficiência e, acima de tudo, segurança.


Este artigo foi elaborado com base na IT 08/2011, IT 08/2025 – Parte 2 e na NBR 7190/22, visando orientar projetistas e interessados no tema. Para projetos específicos, recomenda-se a consulta às normas originais e o assessoramento de profissionais especializados.